O profeta do Cinema Novo Glauber Rocha (1939-1981) foi um cineasta, roteirista e teórico brasileiro, considerado um dos maiores nomes do cinema latino-americano. Figura central do movimento Cinema Novo, defendia um cinema autoral, político e experimental que refletisse as realidades sociais do Brasil. Sua obra se caracteriza por uma linguagem revolucionária, marcada pela montagem fragmentada, simbolismo religioso e discurso político. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964) foi seu filme mais emblemático, abordando a luta de camponeses nordestinos contra a opressão. Seguiu com "Terra em Transe" (1967), uma ácida crítica à política brasileira, e "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" (1969), que lhe rendeu o prêmio de Melhor Diretor em Cannes. Glauber explorava temas como misticismo, messianismo e resistência popular, rompendo com as convenções narrativas tradicionais. Em seus últimos anos, radicalizou sua estética com "A Idade da Terra" (1980), um filme caótico e experimental que sintetiza sua visão de um cinema libertário. Seu legado permanece vivo como um farol do cinema engajado.
viernes, 21 de febrero de 2025
Glauber Rocha
O profeta do Cinema Novo Glauber Rocha (1939-1981) foi um cineasta, roteirista e teórico brasileiro, considerado um dos maiores nomes do cinema latino-americano. Figura central do movimento Cinema Novo, defendia um cinema autoral, político e experimental que refletisse as realidades sociais do Brasil. Sua obra se caracteriza por uma linguagem revolucionária, marcada pela montagem fragmentada, simbolismo religioso e discurso político. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964) foi seu filme mais emblemático, abordando a luta de camponeses nordestinos contra a opressão. Seguiu com "Terra em Transe" (1967), uma ácida crítica à política brasileira, e "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" (1969), que lhe rendeu o prêmio de Melhor Diretor em Cannes. Glauber explorava temas como misticismo, messianismo e resistência popular, rompendo com as convenções narrativas tradicionais. Em seus últimos anos, radicalizou sua estética com "A Idade da Terra" (1980), um filme caótico e experimental que sintetiza sua visão de um cinema libertário. Seu legado permanece vivo como um farol do cinema engajado.